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Rede Nacional de Museus de Terreiro é Criada para Combater o Racismo Religioso e Fortalecer o Patrimônio Cultural

Rio de Janeiro – Um marco histórico para a preservação da cultura e da religiosidade afro-brasileira foi estabelecido nesta terça-feira, 09 de setembro, no Rio de Janeiro. Durante o 1º Seminário Brasileiro de Museologia de Terreiro, foi oficialmente criada a Rede Nacional de Museus de Terreiro, uma iniciativa que visa conectar e fortalecer os espaços de memória e sagrado das comunidades tradicionais de matriz africana em todo o país.


O evento, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) do Rio, reuniu gestores, pesquisadores, professores e lideranças religiosas, culminando na formalização da rede que, inicialmente, integrará 32 museus de terreiro já mapeados no Brasil.


A abertura do seminário foi conduzida por Mãe Meninazinha de Oxum, de 88 anos, uma respeitada liderança do terreiro Ilê Omolu Oxum, simbolizando a força e a ancestralidade que o movimento busca proteger. Ao longo do dia, foram debatidos temas cruciais como "Preservar o sagrado e combater o racismo religioso", "Fortalecer o patrimônio cultural de terreiro", "Vestir e conservar a roupa de santo" e a própria definição de "Museologia de Terreiro".


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Mãe Meninazinha de Oxum, 88 anos, do Ilê Omolu Oxum, realizou a abertura do seminário.


Uma Conquista Recente

O movimento para identificar e valorizar os museus de terreiro ganhou força nos últimos cinco anos, impulsionado pela vitoriosa campanha "Liberte Nosso Sagrado". Essa mobilização nacional de lideranças religiosas foi fundamental para resgatar um acervo de 519 peças sagradas que haviam sido apreendidas de terreiros de candomblé e umbanda pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.


Até a década de 1960, essas religiões eram criminalizadas com base em códigos penais racistas. O resgate desse acervo, que hoje se encontra em exposição no Museu da República, representa não apenas uma reparação histórica, mas também o ponto de partida para a criação da nova rede.


Apesar dos avanços, a criação da rede ocorre em um momento em que os terreiros continuam a ser alvos frequentes de intolerância e violência. A iniciativa é vista como uma ferramenta poderosa para a educação, a valorização e a luta contra o racismo religioso, fortalecendo as comunidades e protegendo seu patrimônio sagrado para as futuras gerações.


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